Para Sandy com carinho!

       Resolvi substituir o post planejado sobre estilo no inverno por um post muito pessoal e particular.

    Engraçado como às vezes nos surpreendemos com as nossas atitudes em relação à vida e aos acontecimentos vividos.  Reagimos mais do que esperávamos, nos controlamos menos do que queríamos e sentimos muito, muito mesmo. Tudo isso, tanta viagem na maionese e tenta filosofia depois de receber a notícia de uma perda: a Sandy, minha cadelinha, meu bebê, minha gordinha bafudinha morreu. Acontece, são coisas da vida, ela realmente já era velhinha, mas a dor e a tristeza são inevitáveis. Muitos vão achar bobagem, exagero ou sabe Deus lá o que, mas na verdade o que estou sentindo somente uma pessoa que trata um animalzinho como membro da família consegue compreender.

     É verdade que à vezes, muitas vezes, ela irritava, mas o fato é que muito, mas muito mais que isso ela foi a cadelinha dócil, companheira e carinhosa que comigo cresceu e envelheceu. Entrou para a família quando eu tinha nada mais nada menos que 17 anos, e tendo vivido 13 anos, esteve comigo em muitos momentos, passou madrugadas as meu lado enquanto estudava, sempre, SEMPRE me recebeu com maior alegria, me fez companhia em todas as gripes, amigdalites, enxaquecas e indiposições e com o seu silêncio sempre presente afagou minhas lágrimas ao seu modo quando o mal era do coração. Me viu virar mulher, e sem sombra de dúvida me amava com um amor infinito e incondícional.

     Ontem tive a oportunidade de pela última vez coçar aquele pescoçinho e prometer: eu nunca vou te esquecer!

     E fico por aqui, com esse silêncio, esse vazio e nessa solidão.