quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Moda e sustentabilidade


A palavra SUSTENTABILIDADE, sem sombra de dúvida, está na moda e a sociedade, mais uma vez perdida em grandes ideais e em ações gigantescas para defender ideais extraordinários, faz e vive interpretações deste conceito, hora coerentes e consistentes, e hora completamente incoerentes e inapropriadas. Não quero dizer que qualquer forma de ação é valida. Sou a favor da reciclagem e sou contra o desperdício, mas sou da teoria que devemos repensar a nossa maneira de ser sustentáveis. Afinal de contas, sustentabilidade é desenvolvimento no presente que garanta o futuro das próximas gerações.

Cheguei a tais conclusões observando o comportamento das pessoas, principalmente o meu. Na viagem de fazer a minha parte não utilizando sacolinhas de supermercado, adquiri uma coleção interminável de sacolas ecológicas das quais não uso nem a metade, e elas são lindas. Não uso copos descartáveis, mas sou proprietária de uma vasta coleção de squeezes e garrafas plásticas de refrigerantes, sucos e isotônicos. Eu mesma me perco no exagero, e passo longe do propósito da sustentabilidade.

Bom mesmo é poder observar um erro e corrigi-lo. Escolher um propósito e focar nele, e do meu ponto de vista, posso começar e já fará grande diferença buscando exercer no meu dia a dia o consumo consciente. Comprar apenas o necessário, evitar o desperdício, e ter atitudes responsáveis com o meio ambiente, sem exageros e radicalismos. Pensar e repensar e decidir com calma antes de levar alguma coisa para casa, pois qualquer forma de desperdício é uma agressão ao planeta.

Levo esse propósito para a minha vida pessoal e profissional. E defendo que a moda é altamente sustentável, em todas as suas atmosferas. É sustentável no desenvolvimento de matéria prima, na criação de inovações, no processo produtivo, na venda, enfim, na sua efemeridade. A moda não é sustentável entretanto, quando prioriza exploração ilegal de matéria prima, descarte de rejeitos industriais no meio ambiente, exploração de mão de obra escrava, enfim, quando nega aquilo o que é certo, e isso serve para todos os que fazem moda. Mas a responsabilidade dos que consomem moda também existe e não só apenas em buscar consumir de marcas que se preocupam com a sustentabilidade e que têm responsabilidade social, mas consumindo a moda de maneira consciente e não por consumir, para ter ou pertencer, para isso muita pedra, criatividade, interesse e boa vontade tem que rolar, mas a gente ainda chega lá, e sai deste comodismo e ser consciente comodamente, e passa a ser sustentável, corretamente.

Taí, que tal cada um contribuir com uma dica ou idéia para praticarmos o consumo sustentável e estarmos mais que nunca, na moda!


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